domingo, 26 de fevereiro de 2012

Lendas ou o que o seu coração decidir

1998 foi, certamente, um ano especial para os automobilistas. Especial, pois a Le Mans deste ano revelou três máquinas mortíferas simples (associada também a grande leveza, claro) e voadoras. Para pista e rua. Respeitadas por qualquer um em sã consciência. Mesmo que a versão de corrida de um deles tenha ocupado um desastroso 43º lugar. Porém, isso não seria suficiente para afogar o meu respeito por ele.  Mercedes Bez CLK GTR (foi este aqui que ficou em 43º...), Porsche 911 GT 1 (papou os dois primeiros lugares) e R390 GT1 (um honroso 3º lugar) foram em suma, usinas tecnológicas de performance no passado e, desde já e no futuro a seguir, serão os dinossauros fascinantes que andaram nas mentes dos entusiastas automobilísticos.
Falando um pouquinho mais sobre a Le Mans de 1998, cabe uma curiosidade. Em quarto lugar ficou quem? Um McLaren F1 GTR (muito obrigado, Mr. Murray por me fazer sonhar). Nada ruim para um carro, cujo projeto foi datado no início dos anos 90. Mas, não entrarei em mais detalhes neste post, no qual, somente, é dedicado à dois monstros alemães e um japonês.


Talvez, seja melhor começar pelo Nissan R390. Ao contrário de muitos, que começaram a respeitar a Nissan através do clássico Skyline G(odzilla)T-R, adquiri tal respeito devido ao R390 GT1, em sua versão de rua que junto com a versão de pista foram desenvolvidas pela Arrows. Na época em que bate o olho na ficha técnica, com meus 16 anos, me deparei com informações do tipo: V8 3.5-litros bi-turbo, 32 válvulas, 550 cv que empurravam nada menos do que 1.030 kg (uma relação peso/potência de 1,87 kg/cv !), 0 a 100 km/h em estimados 3s9, 270 km/h de máxima (limitada) e US$ 1 milhão (vou contar um segredo: até hoje não consegui imaginar essa grana toda!). Pra época, ele até que era avançado. Dispunha de freios a disco de carbono e muitíssimo antes do Lamborghini Aventador existir ele já trazia uma certa suspensão que cujas molas trabalham na horizontal (Push rod?). O 911 também dotava dessa suspensão.


O CLK GTR de rua teve 25 unidades oferecidas aos cidadãos super endinheirados ao preço de US$ 1,8 milhão. Também trazia amortecedores/mola que trabalhavam na horizontal. Bancos com tecido "xadrez", mas ao primeiro olhar dizem: "Não importa que curva será feita, eu seguro o condutor". Motor V12 6.9-litros, 48 válvulas que cuspia sem dó 612 cv. Pesava mais do que o Porsche e Nissan. 1.545 kg. O câmbio era sequencial semi-automático de seis marchas. Carroceria de fibra de carbono. Pena que a versão de pista não tenha se mostrado confiável. Mas que liga. E olha, muitos devem concordar, talvez seja o carro (ou um dos) que mais combine com a cor prata, não é verdade?


Chegamos ao oriundo do grande vencedor de Le Mans. Porsche  911 GT 1 que na versão de rua foi batizada de Straßenversion. Este aqui trazia um cárter seco de 15 litros, câmbio manual de 6 marchas. Os freios dianteiros tinha pinças de 8 pistões, na trazeira 4 pistões. 0 a 100 km/h em 3s7 e máxima de 310 km/h. Seu peso era 1.120 kg e a potência orbitava nos 544 cv. Quem o dirigiu garante que seu comportamento era firme e direto e ao contornar as curvas, a inclinação da carroceria era quase nula. Ao todo foram comercializados 21 exemplares, na época custando, cada um, 1,55 milhão de marcos alemães.
intuito desta postagem é lançar um pequeno, porém eficiente, facho de luz naqueles que amam os raros super esportivos. Espero ter conseguido.