domingo, 27 de março de 2016

Oscilações submetidas a um automóvel.

Por Junio Oliveira

Quando estamos dirigindo, dificilmente passa pela nossa mente a quantidade exata de oscilações que sofre o automóvel.  O que sabemos é, dependendo do carro em si, o incomodo que elas podem gerar ou não. Simples para nós, trabalhoso para um fabricante. Claro que os fabricantes possuem know-how para projetar seus veículos.
A titulo de curiosidade, sete é o numero de oscilações impostas em um veículo de sistema convencional. Dividindo-se em eixos rotacionais e lineares que passam por um ponto em comum no centro do veículo.


1- Oscilações giratórias ao redor do eixo transversal: são influenciadas pelas forças de inércia nos momentos de acelerações e frenagens;

2- Oscilações giratórias ao redor do eixo longitudinal: ocorrem devido a força centrifuga gerada ao descrever uma curva;

3- Oscilações retilíneas  ao redor do eixo vertical: aparecem quando o veículo trafega por ruas ou estradas irregulares;

4- Shimmy: do inglês trepidar, é a trepidação das rodas diretrizes devido ao desequilíbrio das mesmas ou problemas no ajuste dos seus ângulos, como por exemplo a cambagem sem ajuste (em veículos) ou ângulo de cáster muito alto (em motos), que aliás pode causar um grave acidente ou a queda do piloto; 

5- Oscilações giratórias ao redor do eixo vertical ocorrem quando há desigual aderência dos pneus do veículo em um dado momento. 

6- Oscilações giratórias do eixo rígido da suspensão, em torno de um eixo paralelo ao comprimento do veículo;

7- Oscilações retilíneas ao longo do eixo transversal: ocorrem quando há deslizamentos parciais dos pneus sobre o piso.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Ferrari 250 GTO: quando o passado é a referência

Por Junio Oliveira

Mason e a 250 GTO (foto de The Sunday Times Driving)

A linhagem de esportivos 250 da Ferrari começou em 1953 com a versão Europa e teve grande importância para a marca italiana. De 1953 até 1964 as vendas saltaram de 35 para 670 unidades por ano. Grande parte desse numero deve-se ao imponente V12.
Em 1959 viria a 250 SWB (do inglês: short wheelbase ou distância entre eixos curta) que conquistaria os quatro primeiros lugares em Le Mans, na categoria GT, no ano de 1960. A versão homologada para rua, cumpria o 0 a 60 mph (0 a 97 km/h) em 6,2 segundos com velocidade final de 245 km/h. O motor V12 possuía 2953 cc e rendia 285 cv.
Em 1962 surgia a 250 GTO (Gran Turismo Omologato), muito aprimorada em relação a sua antecessora, porém, não abrindo mão da nobre herança das pista e do motor. O motor, aliás,  mantinha a cilindra, porém com preparação suficiente para elevar a potencia em 302 cv. Garantindo 0 a 97 km/h na casa dos 4,9 segundos e a máxima girava em torno de 283 km/h.
Devido a uma mudança nos regulamentos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) cada fabricante deveria montar 100 unidades de seu carro de corrida para participarem do Campeonato Internacional de Escuderias GT. Entretanto, a Ferrari enganou a entidade fabricando 39 exemplares, simplesmente pulando o numero de chassi.
Prova do quão bem projetado era a 250 GTO, foram as conquistas dos três títulos: 1962, 1963 e 1964.
Hoje a 250 GTO é um dos carros mais disputado por colecionadores. Um exemplar foi vendido por 31,7 milhões de dólares em 2012.
Entre os famosos que possuem uma GTO é o baterista Nick Mason do Pink Floyd. Aqui chegamos num ponto crucial. Mason emprestou sua bela GTO ao projetista Gordon Murray, para ajuda-lo no desenvolvimento do mítico McLarem F1. Mais tarde Mason teria um F1 GTR de pista homologado para as ruas. Segue a frase de Mason sobre o ocorrido: "Hoje em dia mais famoso pelo valor que pela habilidade esportiva, o modelo (250 GTO) personifica a atemporalidade de alguns desses automóveis, e fica claro por que esse carro influenciou Gorson Murray ao projetar a McLarem F1. Ainda sinto um pouco de orgulho por ter emprestado a Ferrari para Gordon quando ele estava começando a pensar em como o F1 deveria ser".