Dentro de min predomina um nacionalismo. Uma vontade de valorizar tudo aquilo que sai do meu quintal. Podemos entender tudo como: Automóveis fora-de-série. Os Puma's, Santa Matilde's, Miura's, Aurora's... São carros que olho com muito carinho, apesar destes não serem a ultima palavra em esportividade e de terem custando mais que carros bem melhores. Mas por que eu gosto deles? Por que estes carros tem uma história romântica em nosso mercado. Eles representam a vontade de guiar esportivamente. Tudo isso numa época vivida de poucos recursos. E estes recursos eram um chassi e motor oriundos de VW e Chevrolet.
Hoje, as coisas parecem está em um rumo completamente diferente. E isso se deve a três modelos. Um já é bem conhecido por nós. O Lobini H1, que honra muito a tradição dos esportivos fabricados artesanalmente. E que justamente se inspira nos Lotus. Tanto que a Lobini fez questão de enviar algumas unidades do H1 para a empresa britânica.
Dinamicamente falando, o H1 é uma usina de diversão. Basta ver os relatos de quem o já guiou. Arisco e uma deliciosa saída de traseira. Isso é certamente o que mais se irá ouvir. Motor Audi/VW 1.8 T do antigo A3 T/Golf GTi equipa o carro. São 180 cv para um carro com pouco mais de 1000 kg!
Agora, uma grande expectativa me cerca. Uma não, duas. E atendem pelo nome de Rossim-Bertin Vorax e DoniRosset.
O primeiro chega fazendo barulho. E não estou falando do motor BMW V10 que equipava os M5 e M6 -o Vorax usará este motor e terá duas versões: aspirada de 507 cv e turbinada de 750 cv- e sim, da enorme importância que ele traz na bagagem. Um país como o nosso produzir um supercarro? Há um bom tempo atrás isso era bem difícil. Até hoje é. Tanto que na crise de 2008 o projeto foi congelado, mas depois do susto, a dupla Natalino Bertin Junior (dono da Platinuss e ex-herdeiro do frigorifico Friboi) e Fharys Rossin (ex- design da GM brasileira) tocaram o projeto a diante. 2012 será o ano de lançamento da versão cupê e em 2013 chaga a conversível.
Preço? Acima de R$ 700 mil reais. Previsão de quantas unidades a serem produzidas? 350 unidades. Sendo para o nosso mercado umas 50. Ao redor do planeta mais umas 300. Local de produção? Blumenau-SC. Minha opinião? Ele não tem um "q" de BMW Gina? E tomara que o Vorax entre em produção logo e eu ganhe na Mega.
Já o DoniRosset encontra-se em fase de desenvolvimento. Mas é sabido que ele vem da homenagem do filho -empresário e idealizador do projeto- ao seu pai (daí o Doni, apelido e o Rosset, sobrenome). Fernando Morita, dono da Amoritz GT é o responsável pelo desenho e Alexandre Hirata o engenheiro.
O carro contará com o banco do motorista ao centro, à lá McLarem F1 e um motor do Dodge Viper anabolizado para entregar 1007 cv. Além disso, o carro conta com chassi spaceframe de alumínio, que serve de estrutura e célula de sobrevivência.
Previsto para ser entregue aos que se encontram na lista de futuros proprietários daqui a dois anos, o DoniRosset tem preço estimado de R$ 2 milhões de reais. A cidade para a produção ainda não foi escolhida, mas tem que ser no estado de São Paulo e lembrar certa parte da Eurapa para torna-la um ponto turístico. Engraçado, me lembrou duma terra onde só se vive tifose.
Uma coisa é certa, muito certa, se estes dois últimos modelos que citei forem realmente ganhar nossas ruas, podemos nos vangloriar e duplicar nossa dose de nacionalismo.


Muito bom o post! É interessante ressaltar que o Vorax não será tão nacional assim. Seu preço está por volta de 700mil reais. Com rodas aro 20 e sua carroceria toda em fibra de carbono, o Vorax esbanja estilo por onde passa.
ResponderExcluirSam Akad - Equipe GilsonPneus
Sam Akad, muito obrigado por seu elogio e comentário. Fico muito honrado. Breve chegaram mais alguns "posts". Mas, infelismente, estou esbarrando na falta de tempo. Abraços,
ResponderExcluirNuno Oliveira - Auto Pista Blog.
Gostei do titulo do post "no quintal de casa".
ResponderExcluirPois ainda há gente que se dá ao luxo de ter um quintal assim e melhor, mas o pobre nem um carro pode ter, as disparidades de ricos e pobres é isto que dá...