sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um conto sobre alces malvados


Por Nuno Oliveira


Em uma das minhas ultimas postagens comentei sobre a segurança dos carros chineses, dos produzidos por aqui e a segurança nas ruas. Neste post o assunto também abordará a segurança. Confesso que tenho certa "tara” pelo Teste do Alce. Este teste consiste numa mudança brusca na direção, simulando um desvio de um animal. Daí, podemos começar a entender o nome do teste. Em países circumpolares é comum colocar sal nas estradas com o intuito de derreter a neve e acaba que o alce aparece (de repente, não é?) para lamber o sal colocado.
A ISO reconhece dois tipos de teste do alce. Um é adotado pela alemã Verband der Automobilindustrie (União das indústrias automotivas) que vale por toda Europa. O outro é adotado pelos norte-americanos. Há diferenças nestes dois, sendo elas em distancia, velocidade e outras técnicas. Porém o intuito é o mesmo: mostrar o poder da força centrífuga (responsável por expulsar o automóvel para fora da direção). “Coitadinha” da força centrípeta, ela bem que tenta fazer a carroceria acompanhar a mudança de direção, mas, não consegue.
Um dos casos mais famosos deste tipo de avaliação foi o da primeira geração do Mercedes Benz Classe A, em 1997. Na eleição de Carro Do Ano na Europa, o carrinho foi submetido a um teste de slalom (veja: não é o teste do alce e sim um slalom). Como resultado mandou três para o hospital. Depois, a conceituada revista sueca Teknikens Väld mostrou o alce para o Classe A. Ele ficou com tanto medo que quase levantou voo e estourou dois pneus.
A Mercedes fez um recall, anunciou reforços na suspenção do modelo e incluiu o ESP (controle de estabilidade) de série no veiculo.
Programa Top Gear: Teste MB Classe A
Depois do vexame, a MB investiu muito para mostrar que seu carro era seguro
            
Depois do Classe A, o alce andou fazendo terror em outros veículos:
Toyota Hilux
Também avaliada pela Teknikens Välde, a picape foi reprovada. No mínimo estranha , foi a resposta que a Toyota deu sobre o resultado do teste. Ela alegou que por está com rodas aro 16” (depois do ocorrido deixaram de ser opcionais) no lugar das de aro 15” a Hilux não alcançou o resultado esperado. Foi refeito o teste com as novas rodas e a Hilux passou, mas com observações. Devido à pista estar úmida, a traseira escapou, dando uma ajudinha na manobra.
Citroën Nemo
Feito pela ADAC (Automóvel clube alemão), o teste acabou vitimando o Citroën Nemo. O carro não possuía ESP de série (item que será obrigatório na Europa a partir de 2012). Como resultado a Citroën passará a equipa o Nemo com ESP em todas as versões.

Vídeo técnico da Bosch explicando sobre alguns controles eletrônicos

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