A física é um algo fascinante. E o automóvel é uma das coisas que nos fazem aproximar dela com certa facilidade. Muitas das vezes com o oferecimento de grande diversão. Como? Com características dinâmicas -bem- interessantes. Basicamente, podemos dizer que são: estabilidade direcional, capacidade de aceleração, velocidade máxima, e frenagem.
Abaixo, confira um breve resumo de cada uma delas:
Estabilidade direcional
No futuro eu não sei ao certo como vai ser, mas até agora o automóvel tem que seguir a trajetória imposta pelo motorista/piloto (e tomara que continue assim por muito tempo). E para cumprir esta tarefa ele tem que superar diversos fatores, como a irregularidades do terreno, fenômenos físicos como a força centrífuga e os efeitos do vento lateral.
Podemos considerar dois tipos de estabilidade direcional: em linha reta e em curva.
Quando o veículo está em linha reta os agentes nocivos que agem sobre ele são os ventos laterais e as irregularidades do piso. O primeiro destes agentes tenderá, através de uma força, jogar o veículo pra fora da trajetória imposta pelo motorista. Vale lembrar que um carro com excelentes condições em estabilidade em linha reta, a força do vento tem que ser vencida, de forma fácil e segura, mantendo o volante virado a poucos graus no sentido contrário ao do vento. E quanto maior for à velocidade em que o carro se encontrar, maior será a influência do vento.
Possuo um teste lendário da americana Road&Track (publicado no ano de 1992) , no qual o objetivo era levar super esportivos a sua velocidade máxima. Para pilotar as máquinas convidaram dois mestres na arte da pilotagem: Phil Hill e Paul Frère. E no comentário dos pilotos sempre lia algo ligado aos ventos laterais e a sensibilidade dos carros nesses casos. Claro que estamos falando de velocidades superiores a 280 km/h. Mas isso ilustra bem o que eu quero dizer neste post.
Das irregularidades do piso vem o ruído e vibração nas rodas, direção e suspensão. Muitas das vezes causam o desalinhamento da roda e o estouro do pneu e fortes dores de cabeça no proprietário do automóvel ou passam despercebidas.
Agora, quando o automóvel descreve uma trajetória em curva, o agente que mais efeito exerce sobre sua estabilidade de direção é a força centrífuga que tende a joga-lo para fora da curva. É preciso saber que todo veículo possui um limite, baixo ou alto, e que deve ser respeitado. Cara... Isso que acabo de mencionar é muito óbvio, mas muitos ignoram isso e o resultado são as imprudências que vemos por aí. Para o automóvel resistir o máximo possível a essa força ele depende da aderência e do ângulo de deriva dos pneus, distribuição de peso, centro de gravidade, em quais rodas é feita a tração e tantos outros. E, a partir destes pontos e das combinações entre eles, saberemos se um carro terá características sobresterçante (com chances de sair de traseira para fora da curva), subesteçante (a dianteira sair pra fora da curva) ou neutro (ambas as partes saírem da curva).
Obs.: Se você tem dúvida de como atua uma força centrifuga, tenho uma ótima dica para lhe passar. Preste bastante atenção. Pegue qualquer ônibus coletivo, pague a passagem e vá para a cauda do “busão”, não se apoie em nada (você também pode pedir o motorista para abrir a porta traseira, mas acho difícil ele fazer isso), espere pela primeira curva e... “prazer, sou a força centrífuga!”.
Velocidade Máxima
O nome é bastante sugestivo, mas sendo mais específico poderíamos defini-la assim: velocidade mais elevada que depende da relação existente entre a potência máxima e a resistência (rolagem dos pneus e o vento) a vencer.
Um veículo pode alcança-la num terreno plano, após um espaço de impulsão (esforço) que permita o motor atingir seu regime de máxima potência. Geralmente a velocidade máxima é alcançada com o uso da última marcha. Geralmente, pois no caso de carros com marcha de economia, a máxima é obtida numa marcha anterior a esta.
Capacidade de aceleração
É a aptidão de o veículo aumentar sua velocidade em um determinado tempo. Característica esta que depende da relação entre potência disponível e resistências a ser vencida, como ladeiras, resistência aerodinâmica (imagine um teste do tipo 0 a 320 km/k)...
Da aceleração surge a reaceleração, que nada mais é do que a retomada de velocidade que vemos em ultrapassagens. Nesses momentos o fôlego motor e a segurança são colocados à prova. E em muitos momentos a paciência do piloto também.
Frenagem
Junto com a estabilidade e retomada de velocidade, a capacidade de frenagem de um automóvel ocupa o topo da lista no que diz respeito à segurança ativa (que está ligada a prevenção de acidentes). De uma forma geral, todo carro deve oferecer ao seu condutor um bom sistemas de freios que cumpra duas condições básicas (infelizmente não vemos isso em muitos carros):
Progressividade de desaceleração e facilidade na modulagem dos freios, sem oferecer paradas bruscas e travagem indesejáveis das rodas.
Equilíbrio, de forma que a frenagem seja oferecida as rodas por igual e que o veículo não sofra desvios incontroláveis.
Para prestar assistência aos freios, hoje vemos inúmeros controles eletrônicos como o ABS (evita o travamento das rodas), EBD (distribui a força por igual aos freios), CBC (controla os freios nas curvas) e alguns outros.
Imagens: O diário, Bosch, Esporte Cascavel, POP, G1, iPlay, Jaguar, Best Cars Web Site, TurnFast, Freepik.
Fonte: Grande Enciclopédia Prática do Automóvel: Os segredos do automóvel
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