sábado, 2 de junho de 2012

Volkswagen Gol GTi: pontos negativos à parte, um bom esportivo


Na passagem de 1988 para 1989, o brasileiro conheceria o VW Gol GTi. Este carro inauguraria a injeção eletrônica (analógica, que se diga) por aqui. Portanto, a grande atração estava por baixo do capô. Para receber a injeção eletrônica, a VW escalou o bom e velho AP-2000 que hoje, na essência, atua como EA-827 no Jetta. Esse motor, inicialmente dispunha de razoáveis 120 cv, que aliado ao baixo peso fazia o carro ir de 0 a 100 km/h em pouco menos de 10 s e atingir 180 km/h de velocidade máxima.
Reportagens em revistas especializadas da época diziam -e eu concordo- que o Gol GTi era um carro prazeroso de dirigir, estável e de certa forma frugal em relação ao consumo.
Na carroceria, marcas que o tornaram o sonho dos adolescentes de ontem, hoje e muito provável de amanhã também. Como os faróis de milha, para-choque na cor prata, aerofólio vistoso e a clássica cor Azul Mônaco.  No interior notáveis bancos da marca Recaro, que pra min ainda são uma boa referência.
Sabe, há um bom tempo atrás eu me matava, perguntando-me se o GTi era mesmo um esportivo. Eu colocava à mesa o que foi dito anteriormente ao lado de argumentos nada favoráveis a este esportivo tupiniquim.
O primeiro argumento é a defasagem da carroceria, cujo lançamento era de 1980, basicamente falando. Quando o GTi foi lançado ela já estava beirando os nove anos de atividade e um coeficiente aerodinâmico de 45. O segundo argumento é a injeção eletrônica, que como foi dito era analógica. Em alguns países europeus, como a Alemanha ou Inglaterra, já havia um forte investimento da injeção eletrônica digital, principalmente em esportivos. Comparando as duas, a digital é muito mais avançada, pois tem menor consumo e menor emissão de poluentes devido ao melhor aproveitamento do combustível. Isso por que na analógica o combustível será injetado nas quatro câmaras e aproveitado em apenas uma (no ciclo da admissão). Na digital o combustível pode ser injetado somente na câmara que receberá o ciclo da admissão (sequencial) ou em duas (admissão e escape -este fica em espera- que será chamada de bloco a bloco). Terceiro e último argumento é o por que de a VW não ter pego o motor 2.0 16 v que equipava o Passat alemão e ter agregado ao GTi equipamentos como ABS e air-bag?
Todos estes argumentos tem uma resposta: custo alto. O Gol GTi já era caro, e com metade dos recursos que citei ele iria ficar bem mais caro ainda. Porém vale lembrar que a VW faria mais tarde algo fascinante: o Gol GTI 16 v.
A verdade é que no final das contas eu vejo o Gol GTi com muito apreço e como um esportivo. Não pela "tecnologia" empregada, mas, por seu esforço em agradar a seu condutor, que mesmo com mais de 20 anos continua firme e forte. Basta perguntar a qualquer um que o possua na garagem.

Um comentário:

  1. Boa cara Falou Tudoo !!!!

    "mesmo com mais de 20 anos continua firme e forte."

    Tenho um e posso dizer que é justamente isso que se vê ainda hoje muitos carros novos, esportivos novos, brigando lado a lado com os GTI's e GTS's por ae.

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