Por Junio Oliveira
Nos anos de 1980, houve por parte da indústria automobilística, um intenso estudo e o começo do que seria a segurança nos carros de hoje. Isto aconteceu por três fatores: 1) Marketing; 2) Criação de leis mais rigorosas em países desenvolvidos e 3) O consumidor estava ficando mais inteligente e observador.
Segurança se ramifica em duas raízes: Segurança Ativa e Passiva e nenhuma e ambas são importantes. Esportes à motor como rali, corridas de longa duração, monopostos são muito importantes para o desenvolvimento das duas. Abaixo um pouquinho de cada uma.
Segurança Ativa
Logicamente, é bem mais interessante evitar o acidente do que limitar seus defeitos. Então é por isso que a segurança ativa existe. Suspensão, freios e direção eficientes e estabilidade de marcha são itens muito trabalhados nela. E, acompanhando isso, você certamente encontrará pela frente coisas como válvulas equalizadora de frenagem, freios de cerâmica, ABS, ESP, CBC (Cornering Brake Control ou controle de frenagem em curvas), EBD (Electronic Brake Force Distribution ou distribuidor de força de frenagem), controles eletrônicos dinâmicos, direção com assistência eletro-hidráulica, pneus com baixo angulo de deriva e tantos outros.
Teoricamente, um carro deveria oferecer, independente do tipo e preço, o básico disso. Mas, não é o que acontece. Principalmente por aqui.
Segurança passiva
Dependendo do acidente ocasionado pela "cagada" ou de uma falha mecânica, só vai lhe restar dois caminhos: subir ou empurrar carrinho de brasa.
A segurança passiva é para amenizar os efeitos que um impacto ou um capotamento pode causar. Num impacto, é importante observar a quantidade de energia liberada, que de forma quase instantânea (medida em milissegundos) se libera. Basta você saber que um carro pesando 800 kg, vindo a uma velocidade de 80 km/h, se colide com um obstáculo rígido imóvel, libera uma energia 2,5 vezes maior do que um outro automóvel, de mesmas características, vindo a 50 km/h e 10 vezes maior do que outro vindo a 25 km/h. Toda essa energia que o automóvel dispõe potencialmente se libera momento da colisão e transforma-se em calor e numa série de deformações na carroceria.
Muitos acham que um carro é mais seguro quando possui chapa mais grossa e assim terão dificuldade em amassar. Será mais resistente ao impacto e assim vai protege-lo. Engano! Os automóveis de hoje, salvo exceções como a velha VW Kombi ou até mesmo o Fiat Mille, tem uma séries zonas de deformação programada, espalhadas pela estrutura, para absorver o impacto e evitar que o mesmo passe para os ocupantes, fora os airbags que ajudam muito nessa hora.
O corpo humano não é homogêneo, e, sim composto pelas mais diversas estruturas cada uma apresentando peso e densidades diferentes, por isso cada órgão se comporta de maneira diferente e é submetido a acelerações de intensidade desiguais. Assim, um fígado pode variar seu peso, durante um impacto, cerca de 25 a 40 kg, um pulmão de 12 a 20 kg e um cérebro mais de 15 kg. Podemos observar como o efeito de uma colisão sem amortecimento pode ser destruidora e letal para o ser humano.
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