sábado, 23 de junho de 2012

DB7 salve a Aston

Versão GT do DB7: 435 CV

A frase "Deus salve a Rainha" vem do hino da Inglaterra e pode ser aplicada em uma parte na história da Aston Martin. Isto devido ao DB7 ter sido uma peça chave na recuperação da fabricante britânica. A Ford, que desde 1988 era dona da Aston, financiava o projeto que terminaria em 1992, sendo exposto no Salão de Genebra de 1993.
A Ford, na época também ser dona da Jaguar, fez um compartilhamento de partes do XJS para DB7. Onde este doou o assoalho  e, se eu não estiver enganado, o bloco seis cilindros em linha AJ6 e cabeçote com duplo comando de válvulas. E por falar em cabeçotes, na tampa vinha uma plaquinha com o nome do técnico responsável pela obra artesanal. Este motor vinha com um compressor Eaton. Quem elaborou o desenho da carroceria  foi  Ian Callum (hoje na Jaguar) que estava no estúdio Ghia, da Ford. No fim de 1994 começava a produção do DB7.
A responsabilidade deste projeto era enorme. Prova disso era que se o DB7 viesse a ser um fracasso, a Aston estaria com os pés na cova. Os admiradores da marca temiam uma perda da identidade visual. Que de certa forma já não era tão original assim, porém, nada disso aconteceu. Muito pelo contrário. Segundo a Wikipédia, todas as variantes do DB7 somaram mais de 7000 exemplares de 1994 até 2004. Para um veículo artesanal, acredito não ser um número ruim.
Como foi mencionado, o DB7 veio ao mundo com um seis cilindros em linha e este rendia 335 CV de potência e 50 kgfm de torque. Sua transmissão era manual ou automática de 5 velocidades, tração traseira, freios a disco ventilados nas quatro rodas, suspensão independente e pneus Bridgestone Expedia 245/40 ZR 18 completavam as especificações técnicas. O preço das versões Coupé e Volante situavam-se acima dos $ 140.000,00 no mercado norte-americano.
No ano de 1999, vendo a possibilidade de oferecer um DB7 mais poderoso, a Aston faz o lançamento da versão V12 Vantage. Sim, um V12. Possuía 6.0-litros, 48 válvulas e mais de 420 CV . 2002 marcava o lançamento das versões V12 GT e GTA, mais requintados do que o Vantage. Possuíam detalhes em fibra de carbono, novas rodas, grades, detalhes do capô como as saídas de ar e um pequeno upgrade do motor que acrescentava-se mais 15 CV.
Substituído em 2004 pelo DB9, o DB7 tem passaporte carimbado para ser um futuro clássico. E, a Aston Martin, hoje controlada pelos grupos Investment Dar e a Adeem Investment desde 2007, se orgulha muito disso.

Nota: Quem poderia fazer papel de Deus poderia ser muito bem a Ford que tinha adquirido a Aston em 1988. Pois se não fosse ela, dificilmente este post existiria. Ah claro, ela também tem bastante orgulho de ter feito dinheiro com o DB7.

Fontes: Wikipédia, HSW e Aston Martin Wallpapers and Pictures

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