sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Preparação sim, "gambiarra" não!

Pela lógica e com devida razão, vemos as pessoas comprarem carros fáceis de manter, para uso diário e que estão entre os dez mais vendidos. Ou seja, este é oque chamamos de primeiro carro. Em seguida, poderá surgir o segundo carro, de porte maior e sendo usado para viagens de fim de semana com a família, por exemplo. Amigo leitor, lhe pergunto: "Você acredita que possa existir um terceiro carro?" Acredito que sua resposta tenha sido um sim. E é, justamente, aqui que eu queria chegar.
O terceiro carro, que muitas das vezes faz papel de segundo carro devido as condições financeiras do proprietário, é um pré-clássico, clássico (de qualquer época), esportivo (novo ou usado) ou um veículo que tenha uma pré-disposição para a preparação. Neste post vou dar mais atenção ao último. Pré-clássico, clássico e esportivo vou fazer um post exclusivo para cada um deles.
Esportivo 0 km é raro e caro no nosso país. Para se ter uma ideia, um Fiat Punto T-Jet custa em torno de R$ 55.740,00. Você leva um motor 1.4 16v Turbo de 152 cv. É um carro divertido? Sim, claro e eu não duvido disso. Mas ainda sim, poderíamos ter mais ofertas a preços mais em conta. Tínhamos o Honda Civic Si que possuía 192 cv e um preço (lá onde judas perdeu as botas) na casa dos R$ 100.000,00...
Analisando essa situação, entendemos que muitos não tem dinheiro para comprar um esportivo. Aí deparamos com alguns caminhos, entre eles estão: ou você compra um falso esportivo (exemplo: Fiat Uno 1.4 Sporting) ou compra um carro com fácil potencial para preparação (exemplo: VW Gol 1.8 GTS).

É difícil encontrar um GTS em bom estado, mas com um bom restauro e uma preparação de qualidade, você vai ter bons momentos em um trackday.

Costumo dizer que aqueles que escolhem o caminho da preparação gostam bastante de mecânica. Procuram ter o máximo de conhecimento sobre o assunto. Tem que saber o que extrair do carro. Se vai ter uma preparação pesada, então sabe-se que os componentes originais não vão aguentar a pancadaria. Isto é obvio. Mas muitos não enxergam a teoria do obvio. E estes caras são os mestres da "gambiarra". Turbinam ou aspiram um carro sem forjar, cuidar da alimentação e arrefecimento do carro. Não orientam o proprietário a melhorar a suspensão e o freio, por exemplo. E o resultado será um só: um carro problemático e proprietário saltando fogo pelas ventas.
Tenho certeza que um preparador no mais alto nível superior  de sua técnica sabe das perdas que um motor sofre ao ser preparado. Há um tempo atrás olhei um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de um aluno da  Poli/USP, e havia um gráfico mostrando que o sistema de resfriamento sofria perda de 32% na sua vida útil. Como combater esta perda? O uso do intercooler e radiador de óleo é uma grande alternativa.
São Paulo e o Sul do país tem muita tradição no segmento. Há preparadores que disponibilizam até revestimento cerâmico em peças internas do motor, como o pistão. Esta tecnologia é oriunda dos ralis. Bom, claro que há um custo nisso e você precisa saber das suas necessidades e codições. Basicamente, com uns 6000 reais já é possível garantir um bom divertimento.
Comparando com países de primeiro mundo, sabendo das diferenças econômicas, a preparação é predominante e bem mais avançada do que aqui. Ela abrange não só os modelos de entrada, mas como também até os superesportivos. Nos EUA encontramos preparadoras como a Lingenfelter, Heffner, Hennessey, Dinan, Callaway... Na Europa vemos: Alpina, ABT, Ruf, Brabus, Novitec Rosso... Porém, acredito que possuímos excelentes profissionais e empresas neste ramo, que buscam sempre a atualização e dar mais potencial a um simples carro.

Brabus E V12

Hennessey Venom GT

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