quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Eu e o meu último lugar

por Junio Oliveira
fotos: arquivo pessoal e Kartódromo Internacional de Betim

Estávamos num sábado de tarde. Era a primeira vez que eu iria pilotar um kart. Não tinha nenhuma noção de como conduzir um. O Marcos, meu amigo, sempre que pode frequenta kartódromos da região, disse pra min: "Não tem técnica, tem coragem." Bom, eu concordo e descordo. Concordo por que coragem é fundamental num esporte desses. Descordo porque se você que evoluir em alguma coisa, técnica é a última coisa que pode faltar. E, no meu caso vamos ver que eu precisarei  (e muito) de técnica!

Feliz da vida!

O cenário era o Kartódromo Internacional de Betim. Muito bem cuidado e ideal para levar a família. Para os que vão correr, eles oferecem macacão, protetor de pescoço e de costelas, balaclava e capacete. Eles não dispões de sapatilhas para nós pagantes, ainda bem que eu estava com meu bom e velho All Star. Sobre o kart, este possui um motor de 400 cc e 13 cv. O preço para uma corrida de 30 minutos é de 77 reais. Caro, eu sei. Porém me divertir muito e no final das contas valeu apena. Vou ser claro com vocês, não só pela diversão, mas valeu apena também por eles deixarem uma ambulância de prontidão se algo der errado. Um dos nossos amigos, que correu com a gente, passou mal. Felizmente não precisou ser atendido pelo pessoal.

Kartódromo Internacional de Betim

Eu fui correr na bateria de 17:30 às 18:00. Nas duas baterias anteriores teve um chuvisco e... um festival de rodadas sem fim acontecia. Se eu queria que chovesse na minha bateria? Não, não queria. Não tenho muito experiência com karts, então eu iria parecer um pião na pista, rodando sem parar e não iria curtir nada. Antes de entrar na pista um breve treinamento do responsável da pista. Ele orientou nós (23 competidores) sobre as bandeiras e as regras. Basicamente as seguintes: Não fazer jogo sujo, como mandar o colega para fora da pista por maldade e andar com a viseira do capacete aberta. Se uma destas infrações repetirem por mais vezes o piloto deixará a corrida.

A turma: preparando para acelerar

Kart: pilote um

Dos 30 minutos, cinco são de volta de reconhecimento e classificação. O restante é a corrida. Fiz a classificação e fiquei em 22º... Fantástico!  "Nada mau para um iniciante." Irônico...
Começada a corrida, larguei até bem, deixei uns três para trás, mas nem de longe consegui manter o ritmo  Na primeira curva eles me deixaram para trás. Dirigir um kart é muito bom, uma maravilha. E depois disso comecei a valorizar mais a simplicidade. Aliás, no kart, consegui ver e controlar a simplicidade na sua melhor forma. Aquela coisinha pequena, tão arisca e que chega no final na reta de largada aos 90 km/h. Este brinquedo aliviador de estresse é bem estável, porém, tenha cuidado!  Não freie dentro da curva e sim antes dela. Caso contrário você vai ver o mundo girar. Ele até te avisa que vai sair de traseira, mas numa fração de segundo, o suficiente para você nem perceber e... rodar. É preciso ter bastante sensibilidade e suavidade ao volante de um kart. Nada de movimentos bruscos. E foi exatamente por isso que eu fiquei por último e levei três voltas do líder da prova. Minha meta da próxima vez é levar só uma.

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