Ao assistir o vídeo acima, consegui entender por que o RUF 911 CTR Coupé foi um carro absolutamente marcante. Isto, pelo fato de nos surpreendemos com tantas escapadas de traseira mostradas. No vídeo, constantemente o piloto faz correções no volante, e de certa forma, seus movimentos são suaves. Domar um carro desses em uma estrada sinuosa, com certeza era muito difícil. Tinha-se 469 cv dependurados sobre o eixo traseiro, sem nenhuma ajuda eletrônica. Hoje esta potência não parece muito assustadora, talvez pelo fato de muitos dos super esportivos serem pesados (este RUF pesava 1150 kg) e cheios de anjos da guarda eletrônicos. Agora, imagine, então, pilotar o CTR em um circuito como Nürburgring? Não sei quem era o cara que estava conduzindo esse carro, mas com toda a certeza ele digno de muito respeito.
Foto: Revista Road & Track
A Ruf Automobile tem a tradição de fazer carros em cima de chassis da Porsche. E tal tradição começou em 1974 quando Alois Ruf Jr. assumiu o controle da empresa, devido a morte de seu pai. E, já em 1977, era oferecido ao mercado alemão uma versão do 911 com um motor de 3.3 litros. Com uma politica sólida, era questão de tempo a RUF, ganhar o merecido respeito no mundo dos super esportivos. Isto aconteceria mais precisamente com um teste realizado pela publicação estadunidense Road & Track no ano de 1987 (mesmo ano do lançamento do modelo). Nela, como em vários outros anos, contou-se com a colaboração dos pilotos Phil Hill e Paul Frère. E juntos testaram nove carros: AMG Hammer, Ferrari 288 GTO, Ferrari Tetarossa, Isdera Imperator 108i, Koenig RS, Lamborghini Countach, Porsche 959 Deluxe, Porsche 959 Sport e Ruf CTR Coupé. Nesta avaliação o CTR ganharia duas coisas: O titulo de mais veloz (339 km/h) e o apelido de "Yellow Bird".
Foto: RUF
A base para se montar o pássaro amarelo era um 911 Carrera. Nisso o motor era aumentado para 3,4 litros, sua taxa de compressão passava para 7,5:1 e dois turbos paralelos KKK K26 recebiam 1,1 bar de pressão . Como foi dito no primeiro parágrafo, a potência era de 469 cv a 5590 rpm e torque de 56 kgfm. No início o carro vinha com uma transmissão manual de 5 marchas, mas em 1989 houve a disponibilização como opcional uma uma caixa com 6 marchas. Na dianteira a suspensão era independente com braço triangular em alumínio com mola e amortecedor do tipo telescópio. A suspensão traseira era constituída por braços semi arrastados também de alumínio, acompanhadas por barra de torção. Os amortecedores eram da conceituada marca Bisltein. As rodas da italiana Speedline eram de 8J x 17" com pneus (Dulonp Denloc SP Sport D40) 215/40 VR 17 e na traseira 10J x 17" utilizando pneus 245/40 VR 17. Os discos de freios eram ventilados perfurados e possuíam 330 mm de diâmetro. Seu 0 a 100 km/h ficava na casa dos 4,1 segundos.
Não havia luxo no CTR. Nada de ar-condicionado ou acionamento dos vidros por comandos elétricos. Este é um caro para puristas. E "extremamente rústico" é a melhor definição para o "Yellow Bird".
Ao todo a RUF produziu 56 carros, sendo 29 feitos com chassi RUF e 27 disponibilizados por clientes donos de 911 Carrera.
Fonte: Road &Track, Julho de 1987
Porsche 1986-2005, livro 2 e 2
Não havia luxo no CTR. Nada de ar-condicionado ou acionamento dos vidros por comandos elétricos. Este é um caro para puristas. E "extremamente rústico" é a melhor definição para o "Yellow Bird".
Ao todo a RUF produziu 56 carros, sendo 29 feitos com chassi RUF e 27 disponibilizados por clientes donos de 911 Carrera.
Fonte: Road &Track, Julho de 1987
Porsche 1986-2005, livro 2 e 2
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