Mercedes Benz SL: Suspensão dianteira four-link com cambagem de grande variação nas curvas
Há um tempo atrás eu havia falado sobre as características dinâmicas de um automóvel. Neste post, abordarei um tema ligado ao mesmo, porém, mais especifico: o alinhamento de rodas.
Direção, suspensão, freios, dimensões, peso e distribuição de massas são fatores que influenciam na estabilidade e maneabilidade do automóvel. Por exemplo: definirá se ele tenderá a ser sob esterçante, seguro em condições extremas, ágil ou não em condição extrema. Tudo isto é criteriosamente estudado e definido pelas montadoras nas premissas do projeto. Ligado a isto, o alinhamento de rodas aparece quando se tem pela frente: a estabilidade do automóvel, tanto nas curvas como em linha reta, segurança durante a frenagem e duração e desgaste dos pneus. Tudo pensado a longo prazo.
Quando este que escreve a vocês era um grande "orelha seca", pensava-se que todas as rodas eram perfeitamente paralelas. Não... não é. Eu estava muito enganado. Para um funcionamento correto e pelas variações da direção e suspensão, é preciso fazer inclinações discretíssimas nos pivôs da direção. Um outro exemplo seria a abertura e fechamento das rodas dianteiras. Estas variações são expressas em graus ou milímetros. Daí nasce o termo ângulos de alinhamento. Em carros, encontramos cinco ângulos base para um alinhamento: cáster, cambagem, saída, convergência/divergência e viragem.
É interessante observar que a evolução dos ângulos de alinhamento foi acontecendo junto com os avanços do automóvel. Quando os primeiros carros foram equipados com freios na dianteira, teve de que considerar seriamente o ângulo de saída do pino mestre. Não foi diferente com a suspensão independente, multilink, pneus de baixa pressão, banda de rodagem mais larga, e, principalmente, a tração dianteira que trouxeram mais preciosismo na formação dos ângulos.
Deve-se considerar também é a ligação entre todos os ângulos e a influência de uns sobre os outros, permitindo efeitos similares com ajustes completamente distintos. Podemos combinar, por exemplo, a cambagem e o cáster, altera-se um e outro, e, ao mesmo tempo, preservar a estabilidade.
Os cinco ângulos de alinhamento possuem uma ligação muito forte com eixo dianteiro, devido a este possuir a direção do veículo. Em relação ao eixo traseiro, quando temos uma suspensão independente ou multilink , por exemplo, encontramos a cambagem e divergência/convergência. Quando eu tenho um eixo rígido, o alinhamento será necessário somente quando ha uma deformação do conjunto por obra de acidente.
Em uma próxima postagem, procurarei explicar cada um dos ângulos de alinhamento.
Fontes: Grande Enciclopédia Prática do Automóvel e http://colunas.revistaautoesporte.globo.com/blogdaautoesporte/2010/12/07/sindrome-da-roda-caida/
Interessante tema "Nuno". Realmente o que diz respeito a carros, existe um mundo para se conhecer, e blogs como estes, são sempre fonte de apredizagem.
ResponderExcluirEdiberto
Fico muito feliz pelo seu cometário, Ediberto. Fique à vontade para fazer mais comentários, sugestões, perguntas e críticas construtivas. Tudo é muito bem vindo. Muito obrigado e um ótimo sábado.
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